* O suplicante, Joao Dias, solicitou terras que eram usadas como esconderijo pelos indios tapuias Caninde e Jandui. O suplicante alegou que os indios "inimigos" nao queriam que seu esconderijo fosse descoberto pelos colonos, pois negavam que havia agua no local, o que segundo ele era uma falsa afirmacao. O suplicante ainda afirmou que era necessario povoar a terra, construir uma casa forte para a defesa dos habitantes, bem como criar gados. Alem disso, o suplicante afirmou que para efetivar a povoacao da terra e construir fortificacoes e acudes era necessario a ajuda de outras pessoas, como o capitao-mor Afonso de Albuquerque Maranhao (RN 0058). * O suplicante alegou que para efetivar o povoamento dessas terras utilizadas como esconderijo pelos indigenas, fazia-se necessario que o local fosse ocupado por mais sesmeiros por meio da doacao de terras para que as mesmas fossem povoadas simultaneamente, evitando a invasao dos tapuias. * O suplicante alegou que a terra requerida por ele nao era a mesma que havia sido concedida ao Terco dos Paulistas.

A terra localizava-se entre o rio Acaua e o rio Curimatau, nas cabeceiras dos rios Tasima, Jacu e Pituassu. A terra localizava-se nas confrontacoes das terras de Manuel de Jesus Borges (RN 0058; o sesmeiro recebeu outras tres concessoes: RN 0059; RN 0060; RN 0061) e Afonso de Albuquerque Maranhao (RN 0058).

* O suplicante, Joao Dias, requereu tres leguas de terras nas confrontacoes das terras do padre Manuel de Jesus Borges (RN 0058; RN 0059; RN 0060; RN 0061) e Afonso de Albuquerque Maranhao (RN 0058), que teriam descoberto o esconderijo dos tapuias Caninde, utilizado em momentos de guerra pelos indios.
* Na carta, nao ha referencia da direcao em que as terras de Manuel de Jesus Borges confrontavam com as terras solicitadas. Desta forma, foi atribuido o ponto cardeal norte as terras do sesmeiro.

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